segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Linha e o Linho

É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

Gilberto Gil
BY Amelia Biagioli


Livrai-me...

"Livrai-me de tudo aquilo
que for vazio de amor"
Caio F. Abreu 
By Amelia Biagioli

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tempo demais



Erraram quando dividiram o tempo
e o puseram em relógios...
agora dependendo de dias e horas,
agora há tempo pra contar,
tempo para te ver,
tempo demais para saber
o quanto você demora



Cáh Morandi
By Amelia Biagioli

Um Dia

Um dia digo-te como me deixas quando te calas
O vazio que sinto num espaço que povoas de brisa
Um lugar que se molda à tua voz e ao teu estado d´alma
Um dia digo-te como o mundo pára quando te observo
E através da vidraça apenas vejo sair dos teus lábios sorrisos
A luz que emana a tua aura fresca, resplandecente
Um dia digo-te como estou quando não estás
Um dia conto-te como sou quando estás
Um dia…

Madalena Palma

By Amelia Biagioli

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A luz que acende o olhar

A luz que acende o olhar
Vem das estrelas no meu coração
vem de uma força que me fez assim
vem das palavras, lembranças e flores
regadas em mim

O tempo pode mudar
A chuva lava o que já passou
Resta somente o que eu já vivi
Resta somente o que ainda sou

A luz que acende o olhar
Vem pelos cantos da imaginação
Vem por caminhos que eu nunca passei
Como se a vida soubesse de sonhos
Que eu nunca sonhei

Vem do infinito, da estrela cadente,
Do espelho, da alma, dos filhos da gente,
De algum lugar, só pra iluminar
A força
Vem de onde eu venho de tudo que acende
A vida, calada, me olha e entende
O que eu sou, tudo que é maior
Vem do amor
Vem do amor

A luz que acende o olhar
Vem dos romances que viram poesia
Vem quando quer, se quiser, se vier
Vem pra acender e mostrar o amor que a gente não via

Vem como um passe de pura magia
Como se eu visse e jurasse que há tempo já te conhecia

Vem do infinito, da estrela cadente,
Do espelho, da alma, dos filhos da gente,
De algum lugar, só pra iluminar
A força
Vem de onde eu venho de tudo que acende
A vida, calada, me olha e entende
O que eu sou, tudo que é maior
Vem do amor
A luz que acende o olhar,
Vem das histórias que me adormeciam
Vem do que a gente não consegue ver
Vem e me acalma, me traz e me leva
Pra perto de você
E me leva
Mais pra perto de você

Deborah Blando

By Amelia Biagioli
A pedido do meu amor...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sobre nós

Confesso que me senti insegura quando pensei ver nos teus olhos o brilho de um novo amor, diferente do nosso, não meu. Essa estranha novidade era assustadora, como se um novo sentimento fosse ocupar o lugar do nosso que há muito está aí. As coisas são substituídas com o passar do tempo, é o normal. Mas nunca nos encaixamos nesse conceito, você me lembrou. Tuas palavras acalmaram o coração que pulsava descompassado cá dentro, imaginando não poder te guardar mais. Independente do novo que tentava te trazer sorrisos, o que eu colocava nos teus lábios você não abriria mão. Foi doce me encaixar no teu abraço sabendo que aquele lugar ainda era meu, esperando para me acolher sempre que se fizesse necessário. E era necessário, porque havia medo, saudade e muito, muito, amor procurando teu peito para repousar. Quem vê de fora não entende, mas te ter, assim como você tem a mim, para guardar confiança e amor é único. É poder baixar o muro contra o mundo e revelar sonhos e desejos; contar os dias e sentir o outro guardar cada detalhe, ainda que bobo; desabafar sentimentos e confessar loucuras sem censura; desfazer os limites impostos pelo externo e mostrar o interno, ferido, cicatrizado, deformado, verdadeiro e não ser somente aceito, mas visto lindo pelos olhos do outro. E sentir de novo essa nossa singularidade me trouxe estrelas aos olhos. Você me relembrou que quando se trata de mim e de você, independente do tempo, somos sempre nós.





”Há em você alguma coisa de mim. Alguma coisa que eu vejo e me acalma. Como se eu pudesse deitar de novo no lugar de onde vim, pois só você sabe que lugar é esse. Então você me entende... E eu não me entendo tanto quanto entendo de ti. Talvez isso seja amor. Talvez não. Seja lá o que for, é incondicional.”
(Fernanda Young)







Sarah Mendes
By Amelia Biagioli

O Inverno

Velas iluminam o ambiente. O hálito quente, o soar das palavras sensuais em meus ouvidos. Sorvera um gole de vinho. Abdicava-me a estar atrelada em seus prestígios. Algo provinha de mim, eram rasgos de lucidez, confusos, provocados por tua presença pelo que percebiam meus olhos e meus ouvidos... Ligeiramente impulsionada pela gélida impressão dos meus sentidos, a sensação que estagnava meus delírios era um estado de languidez e fraqueza extremas, um precisar de seu corpo. Deixei-me ir ao léu, tão suavemente, de maneira tão sensível e fácil, cedi aos teus encantos. Teu corpo nu e quente inebria meus instintos, teu íntimo repousa no meu ventre.  Nós dois neste inverno, a carne treme incandescentes. Hibernar os corpos no langor do conforto; a alma exige deslizar no calor suave e nostálgico debaixo dos edredons sem pressa e sem muita exigência e assim mantêm estáticos, sem muito movimento, sem interrupções, entrelaçados. Nos intervalos do sono, mútua vontade latente explora novos universos. Somos apaixonados, enamorados e com toda arte transborda o cálice da paixão em procura de poesia. Os mistérios revelam quentes. E vivemos assim, matando a saudade com os olhos ardendo em desejo, bocas entre abertas, almas em chamas, carinho, carícias, selando nosso cúmplice desejo de  vivermos no conjugado verbo amor.

“Nos deleitarmos com nossos próprios devaneios, sem auto-acusações ou vergonha.” Freud

Jane Cris
By Amelia Biagioli

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nosso Amor

Nosso amor é mar em fúria,
Que se acalma de repente…
Como brisa de outono,
Envolve e fascina a gente…
Nosso amor é cavalgada
De alazões na amplidão,
Colibris em revoada,
Espalhando emoção…

Tempestades de carícias
Emergem de nosso amor,
Tufões de incríveis delícias,
Ondas de fértil sabor…
É um misto instigante
De potência e ternura,
De aromas multicores,
De meiguice e loucura…

Nosso amor é inocente
Qual sorriso de criança,
São grilhões que nos enlaçam
Em amarras de bonança…
Cada abraço é um pedido,
O pedido, uma promessa,
De quem anseia doar-se,
De quem amar sente pressa...

Enfim…
…o nosso amor é assim...

Um viajante do tempo,
Que mescla adoravelmente
O passado e o futuro
Em nosso eterno presente…

Fernado Pessoa
By Amelia Biagioli

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando...

Quando você sentir vontade de chorar, não chore.
Pode me chamar que eu choro por você.
Quando você sentir vontade de sorrir, me avise
Que venho para nós dois sorrirmos juntos.
Quando você sentir vontade de amar, me chame,
Que eu venho amar você.
Quando você sentir que tudo está acabado, me chame,
Que eu venho lhe ajudar a reconstruir.
Quando você achar que o mundo é pequeno demais para suas tristezas,
Me chame, que eu faço ele pequeno para sua felicidade.
Quando você precisar de uma mão, me chame,
Que a minha é sempre sua.
Quando você precisar de companhia, naqueles dias nublados e tristes,
Ou nos dias ensolarados, eu venho, venho sim.
Quando você estiver precisando ouvir alguém
dizer: EU TE AMO!
Me CHAME que eu digo a você a todo hora.
Pois o meu amor é imenso.
E quando você não precisar mais de mim, me avise,
Que simplesmente irei embora, orando por você."



-- Autor Desconhecido
By Amelia Biagioli

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Que Bom Que Não Sou a Melhor de Todas

Ainda me resta um caminho a percorrer para procurar melhorar.
Que bom que não tenho tudo, só assim me animo a lutar pelo que me falta.
É realmente bom que eu não saiba tudo.
Se soubesse não teria o que aprender.
Que bom que tenho defeitos.
Se não os tivesse viveria só.
Que bom que não sou a mais forte do mundo,
Porque se fosse, eu não compreenderia a solidariedade, a ajuda e tentaria fazer tudo sozinha.
Que bom que não estou sozinha.
Se você não existisse eu não perceberia o quanto preciso corrigir-me.
É bom saber que você existe!....

Lu Barros
By Amelia Biagioli